Jantar do Empresário – ACIA
Site de Cintya Faccioli, Ph.D
A experiência do silêncio em uma sociedade tão ruidosa como a nossa pode causar estranheza, perturbação ou mesmo um sentido de estar esquecido, à margem de algo ou alguma coisa. Como se estivesse perdendo algo.
Os ruídos das memórias fazem com que, inúmeras vezes, nos sintamos atordoados pelos seus sons. Trazem-nos experiências vividas, caminhos trilhados, experiências compartilhadas ou o seu contrário: caminhos interrompidos, laços desfeitos, ideias e projetos inacabados.
Conviver com tais ruídos pode fazer pensar que a surdez seja o caminho mais desejável nessas horas.
Tais silêncios também podem vir de experimentações e sensações oriundas de diferentes expressões artísticas, culturais, olfativas, gustativas – cabem aqui filmes, exposições, experiências gastronômicas, ou seja, tudo o que ofereça aos sentidos reflexão contemplativa. E isso requer aprendizado, agudeza perspicaz, sentido de busca e o que é mais importante: um sentido de valor que não é o de contas bancárias, cartões de crédito e aplicações financeiras. Os que possuem apenas estes sentidos simplesmente serão surdos aos ruídos e sons de sua alma!
Mas esse silêncio povoado pelos ruídos da alma faz muito barulho e rapidamente descobrimos que quem nos habita pode ter muito mais a dizer que qualquer coisa que esteja lá fora; seja aparentemente ruidoso ou silencioso.
Na nossa civilização, as pessoas chegam a achar que o silêncio é o sinônimo de estar só e acham que isso seja um problema de rejeição e desafeto: acreditam que isso lhes mostraria que não são amadas.
No entanto, não é nada disso! O silêncio é cheio de tantas coisas. Ele é excelente companhia e de fato nos faz saber quem somos e do que de fato somos feitos e como preenchemos em nós vazios.
Exercito o silêncio todos os dias, em especial quando chego em casa: acendo apenas uma luz de cada vez e não ligo nada… vou me aquietando do dia… vou tomar banho, e em vários dias nadar… Contar azulejos dentro da água pode ser recuperador! A mente se esvazia e a respiração oxigena ideias e sensações. Para quem, como eu, vive da escrita e da fala, é fundamental!
Atordoa-me apenas quando os ruídos de dentro sendo tão maiores calam os de fora, e causam em seu possuidor o temor de com ele se encontrar. O bom mesmo é quando ruído e silêncio encontram a harmonia de sons, sem sobras e nem faltas.
O que de fato fica como dica é talvez respeitar tanto um quanto o outro, e encontrar suas formas de manifestações em nós.
Experimente desligar os sons externos (fones, iPhones, TVs, tablets e tudo o que está a tua volta) e ouça o que vem de dentro de você: faça-se companhia! Descubra o que seu EU tem a lhe dizer. Talvez descubra que esteve tanto tempo ao lado de quem você nem conhece direito. Não tenha receio do que os sons da sua alma venham a lhe revelar. Você não está sozinho: está em sua companhia! Descubra que escrita sua alma tem e que mensagem traz.
Lucraríamos muito em aprender a desenvolver esta audição.
Ponha atenção aos seus silêncios e seus ruídos, buscando neles o que lhe falta para aqueles lampejos de inspiração: serão úteis de fato!
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